No âmbito da experiencia de Aprendizagem em Serviço, realizou-se mais uma actividade em prol das mudanças climáticas, levada a cabo por um grupo de docentes e estudantes da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica de Moçambique e alguns jovens da Paróquia de Matacuane, a qual consistiu na sensibilização às famílias do quarteirão 03 da unidade comunal C, no sétimo Bairro de Matacuane, vulgarmente conhecido de Chipangara Matope, na cidade da Beira, no dia 19 de Novembro de 2022.

A experiência de Aprendizagem em Serviço surge em decorrência do projeto “Reagir as mudanças climáticas: jovens da Beira na reflexão e ação para o Bem Comum”, promovido pelo Centro de Investigação Santo Agostinho (CISA), em parceria com a Fundação Gonçalo da Silveira, o Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto e o Instituto Camões.

A partir das questões relacionadas com o meio ambiente, o grupo de docentes e estudantes desenham uma experiencia que consiste em desencadear uma acção reflexiva através da qual promover aprendizagens. Assim sendo, uma serie de actividades foram levadas a cabo durante o ano letivo e, dentre elas, a campanha de sensibilização porta-a-porta, na qual participaram 31 pessoas.

A principal mensagem veiculada foi a de sensibilizar as famílias sobre a importância da higiene e a necessidade do tratamento de lixo e resíduos sólidos de forma adequada, bem com o uso do mesmo para a geração de renda familiar. A metodologia usada no processo de sensibilização foi um conjunto de perguntas sobre como tem sido a forma de tratamento dos resíduos sólidos e a observação dos quintais com objectivo de aferir a situação da higiene e limpeza.

Em geral, as famílias acolheram bem o grupo de activistas, os quais estavam divididos dois-a-dois. Durante duas horas e meia foi possível visitar um universo de 187 famílias. Depois da sensibilização, o grupo encontrou-se na capela da comunidade eclesial daquele bairro para fazer balanço da actividade e reflectir sobre a mesma. De forma espontânea, os participantes partilharam suas experiencias. Foram ressaltados: a falta de acessibilidade ao saneamento adequado, devido às vias obstruídas pelas residências desordenadas; a distância que separa as famílias dos contentores de lixo e a falta de limpeza nos quintais. Numa das residências, os activistas observaram que o quintal da família era insalubre. Porém, os moradores falavam que faziam sempre limpeza, enquanto o próprio quintal estava cheio de lixo. Concluíram que certas pessoas, de tanto estarem encharcadas de lixo a sua volta, parecem perderem a noção de salubridade.

Para encerrar o momento, houve uma confraternização e, em seguida, anunciou-se que a segunda etapa planificada, a de limpeza de valas de drenagem, irá decorrer no dia 03 de dezembro e que todos estavam convidados a participar, com vista a reagir às mudanças climáticas e manter a cidade da Beira mais limpa e salubre.

Por: Ir. Anna Fontana e Fidência Moreira

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