A cerimónia de abertura do evento foi dirigida por Sua Excelência Daniel Nivagara, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em Moçambique, e testemunhada pelo Magno Chanceler da Universidade Católica de Moçambique, Sua Excelência Reverendíssima Dom Cláudio Dalla Zuanna, o Bispo Auxiliar de Maputo, Sua Excelência Reverendíssima Dom Tonito Muananoua, o Magínifico Reitor da UCM, Professor Doutor Padre Filipe Sungo, os Vice-Reitores da UCM, incluindo dirigentes de diferentes instituições do Ensino superior, membros de direção, entre outros convidados.
No seu discurso, o Ministro Daniel Nivagara começou por felicitar a UCM pela organização do Congresso, acrescentando que as instituições do ensino superior, sejam elas públicas ou privadas desempenham um papel importante na sociedade, pois contribuem na formação do capital humano e social que intervém na promoção do crescimento e desenvolvimento socioeconómico nacional. Na mesma senda sublinhou que as instituições do ensino superior não devem apenas formar recursos humanos qualificados, mas, também tem a responsabilidade de formar cidadãos íntegros, patrióticos, imbuídos de cultura de trabalho, detentores de valores ético-morais idóneos, amantes da paz e da unidade nacional e, que agem em prol da protecção da natureza. Para o efeito o governante entende que deve se investir na formação que privilegie o compromisso cívico e comunitário, bem como uma cultura assente numa sensibilidade ética em prol dos grupos mais vulneráveis da sociedade.
Por sua vez, o Magno Chanceler da UCM, explicou que a “Fraternidade e Desenvolvimento Sustentável” não é apenas um tema académico, este representa um imperativo ético e moral urgente, que interpela a todos enquanto cidadãos globais e seres humanos. Para melhor compreensão da Fraternidade, Dom Cláudio Dalla Zuanna buscou as Encíclicas, “Fratelli Tutti” e “Laudate Si”, pois estes documentos oferecem uma visão holística que interliga o bem-estar humano com a saúde do nosso planeta e a complexidade das relações sociais, políticas e ecológicas.
Como comunidade académica, continuou o Prelado, estamos perante desafios intrincados que exigem respostas criativas e responsáveis, por isso que a Universidade e os seus investigadores têm um papel fulcral na exploração e desenvolvimento de soluções viáveis e sustentáveis para dilemas globais, tendo como exemplos os conflitos entre Rússia e Ucrânia e, recentemente, Israel e Palestina.
Na conclusão da sua intervenção, o Magno Chanceler acrescentou que a fraternidade e o desenvolvimento sustentável são imperativos éticos e morais no mundo contemporâneo.
O Magnífico Reitor da UCM, Prof. Doutor Padre Filipe Sungo, disse no seu discurso que a Universidade é um alicerce cultural, ético e social no desenho de um futuro sustentável. Por isso que a Universidade Católica de Moçambique, ergue-se com a determinação de nutrir e exaltar a fraternidade como valor intrínseco. Uma fraternidade que supera a simples ideia de pertença ou solidariedade limitadas a um contexto comunitário, sendo sim um alicerce que estimula a transcender as fronteiras do convencional e do confortável, impelindo-nos rumo a um futuro de colaboração e compreensão ampliadas.
Ainda de acordo com o Magnífico Reitor, a UCM esforça-se para ser mais do que uma instituição académica de excelência, procurando ser um marco de esperança e um catalisador de mudança, colaborando com todos os sectores da sociedade, para edificar um Moçambique mais justo, inclusivo e sustentável. É neste sentido que o Professor Doutor Padre Filipe Sungo, lançou um convite aos demais dirigentes de IES, a reconhecerem e abraçarem o seu papel não apenas como “detentoras” de conhecimento, mas como verdadeiros agentes de reflexão e formação do tecido mundial.
A Conferência inaugural do VI Congresso Internacional da UCM, cujo tema foi o lema do evento, “Universidade Católica de Moçambique Promovendo a Fraternidade em prol do Desenvolvimento Sustentável” teve como orador o Professor Doutor José de Almeida, Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa. Este evento tem duração de três dias.
Por: Rogério Maduca – Assistente Técnico de Comunicação
Revisão: Paula Mugirima – Assessora para área de Comunicação e Protocolo