As áreas de conservação ou zonas de proteção são áreas territoriais delimitadas, representativas do património natural nacional, destinadas à conservação da biodiversidade e de ecossistemas frágeis ou de espécies animais ou vegetais.
As áreas de conservação ou zonas de proteção são áreas territoriais delimitadas, representativas do património natural nacional, destinadas à conservação da biodiversidade e de ecossistemas frágeis ou de espécies animais ou vegetais. Onde considera as zonas de proteção os parques nacionais, reservas nacionais e zonas de uso e de valor histórico-cultural que visam garantir a conservação representativa dos ecossistemas e espécies e a coexistência das comunidades locais com outros interesses e valores a conservar nos termos estabelecidos na Lei de Florestas e Fauna Bravia (Lei n° 10/99, De 07 de Julho).
A Reserva Nacional do Niassa é a maior área de conservação em Moçambique, está localizada a 36° 25’E de longitude e faz fronteira com a Tanzânia a Norte ocupando uma superfície total de 42 000 km2 divididas em 22 000 km2 representam a Zona Central e 20 000 km2 a Zona Tampão. Ocupa cerca de 1/3 da província de Niassa, concretamente nos distritos de Mecula, Mavago, parte dos distritos de Muembe, Majune, Marrupa, Sanga e parte dos distritos de Mueda e Montepuez, na Província de Cabo Delgado (SGDRN, 2005).
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Uma divisão de uma universidade que coloca a atividade acadêmica em um ambiente comunitário de estudantes e professores, geralmente em uma residência e com refeições compartilhadas, a faculdade tendo um grau de autonomia e um relacionamento federado com a universidade em geral.
O período de vigência do projecto é de cinco anos (5 anos) e obedecerá três (3) fases: Pesquisa, Reflorestamento e Monitoria e Avaliação.
A pesquisa consistirá na identificação, análise documental e caracterização dos ecossistemas degradados, buscando informações detalhadas sobre o estado original ou suas condições naturais (antes da degradação) bem como, o seu estágio actual (pós degradação). Posto isso, culminará com a identificação do estrato arbóreo, arbustivo e herbáceo que melhor contribuíram para a recuperação do ecossistema.
Nesta etapa, será possível mapear os ecossistemas degradados e estimar a área atingida pela degradação, bem como, mostrar os distritos abrangidos pela degradação dos seus ecossistemas a nível da Reserva Nacional do Niassa, na Província do Niassa.
Realizar-se-ão estudos do histórico de ocupação do solo e análises do estado actual do solo, nas áreas afectadas pela degradação e nas zonas circunvizinhas, buscando as seguintes informações: nutrientes, nível de compactação e acidez no solo para possíveis correções. Estudo do clima, para se perceber a precipitação media, temperatura media, velocidade do vento, bem como, o levantamento dos cursos de água que alimentam os ecossistemas em estudo, e verificar-se-á o seu estado de conservação para possíveis intervenções.
Far-se-á o levantamento florístico por meio de estudo fitossociológico dentro da área degradada, e em áreas equiparadas ao estado original (antes da degradação) sobre o estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo. Importa conhecer os diferentes estratos pois, em função do estágio de degradação, pode ser necessário a reposição da vegetação a partir do estrato herbáceo que contribuirá na identificação da fauna.
O levantamento da fauna será feito por meio de observação de pegadas, excrementos, e tipo de habitat presentes nas áreas degradadas e ao redor, isto contribuirá para a identificação do pasto a ser eleito na reposição da vegetação.
Para tal, serão feitas visitas de campo, para levantamento dos dados por meio de inventário florestal e faunístico, estudo do clima, coleta de amostras de solo e entrevistas a grupos focais, como os gestores da Reserva Nacional do Niassa, Anciões das comunidades atingidas pela degradação, gestores comunitários, ONG e as entidades governamentais, as actividades serão realizadas com o intuito de busca de informações sobre o histórico dos elementos da paisagem, o seu estado, bem como, na identificação das causas da degradação.
Após o levantamento das características do meio biológico e do meio físico da área a ser recuperada, será feita, a seleção das espécies nativas com boa capacidade de resistência ao ambiente degradado e adaptáveis ao clima da região, que melhor responderão ao objectivo do projecto.
Pretende-se plantar e/ou semear trezentas mil (300000) plantas de espécies diferentes, com meta anual de setenta e cinco mil (75000) em mudas e em bolas de semente. As mudas serão produzidas em viveiros locais com localização geográfica estratégica distribuídos em três distritos nomeadamente Mecula, Mavago e Majune.
Nesta fase, será necessário identificar e selecionar as espécies arbustivas e arbóreas nativas para compor o plantio desejando, tomando em consideração os seguintes aspectos:
As sementes serão coletadas em uma área natural, de coleta de semente ou área de coleta de semente denominadas ACS. Para obter-se sementes de qualidade observar-se-á os seguintes factores:
Actividades a serem realizadas na colheita de semente:
As mudas e as bolas de semente serão produzidas em um viveiro florestal, com cobertura de telas plásticas (sombrite de 50% luz e 50% sombra) e cercas feitas com estacas, com capacidade de produzir trinta mil (30000) mudas para cada região ou distrito. O viveiro estará sob gestão comunitária e supervisionada pela equipe de gestão do projecto (UCM-FAGREFF).
Para a produção de mudas será necessário os seguintes passos:
O processo de plantio dependerá de região para região, observando os grupos ecológicos das espécies selecionadas para o plantio.
O plantio das mudas será manual, o arranjo das espécies será conforme a fitossociologia original. Por meio das seguintes actividades:
As bolas de sementes serão usadas para plantar em locais de longo alcance por meio do arremesso das bolas ou ainda com o uso de um helicóptero, para efectuar o plantio não existe uma regra pré-estabelecida, condicionando assim, a ocorrência de um duplo plantio de árvores em áreas bastante próximas.
A monitoria será rotineira e dependerá das especificações, e para tal serão realizada as seguintes actividades de controlo e maneio:
O critério de avaliação para o projeto de reflorestamento implementado inclui avaliação de processo e impacto.
A avaliação do processo ocorrerá no final de cada fase do projeto para revisar metas, estratégias e planos de trabalho, com base nas modificações e melhorias implementadas por meio de um processo de replaneamento construtivo.
A avaliação de impacto será no final do projeto para investigar se o projeto atingiu ou não seus objetivos e tentativas. Examinará o impacto do projeto e seu efeito sobre os ecossistemas degradados por meio do reflorestamento de espécies nativas e atração da fauna. Isso será feito por meio de coleta de dados, entrevistas e pesquisas.